
Um anjo torto e deformado...
caído e mal acabado...
pobre desalmado...
feio, desfigurado...
certa vez me disse que não temia a morte...
anjo mentiroso, anjo enfadado...
anjo tolo, de nome ainda não perdido pelo tempo...
Ele não perdoa, nem um pobre anjo como ti...
nenhum'alma, nenhum ser...
anjo pequeno, inacabado...
anjo bobo e malfadado...
anjo oblíquo e errado...
injusto e arrojado...
pede afoito o perdão...
clama, ergue a mão...
corajoso e apavorado...
é lentamente devorado...
digere-se em suas entranhas estranhas...
e vigoroso apunhala as vísceras...
inconstante, indeciso e temeroso...
ao mesmo tempo, forte e poderoso...
entrava e entorse, entorpece e explode...
salta pra fora, vai se embora...
corre, corre, corre...
e ao longe escorre...
respira fundo, adormece e morre.
Um anjo assim tão bobo, mas tão esperto ao mesmo tempo.
ResponderExcluirPq vai embora? Fique mais um tempo.
muito legal esse blog.
ResponderExcluirCom esse poema me lembrei do quanto é bom uma reflexão antes de adormecer, ainda mais essa estrutura me lembra bons tempos, tempos que n quero esquecer.