domingo, 17 de janeiro de 2010

Lilith... o nome que eu gostaria tanto de ouvir, de qualquer que fosse a fonte, e que deixei de proferir propositalmente.
Bem, deixemos de lado por enquanto, pois ainda aguardo, mesmo com a resposta já entregue. Basta uma confirmação para fazer o fogo da esperança crepitar.
Mas falemos agora dos simbolos que tanto estão na moda, afinal, Dan Brown não perde tempo, e as pessoas não perdem tempo também, o consomem tão antes quanto possível.
Enfim, A Maçã. Simbolo do pecado, e também da sabedoria e do conhecimento. Inclusive, por muito tempo dada aos mestres e professores por seus pupilos e alunos, que geralmente desonheciam a fonte da tradição ou a simbologia que envolvia. Bem, mas há algo errado, um desvio de significado sim, em um dos dois que mais lhe são atribuidos.
Ou melhor, talvez não um erro, mas sim mais para uma derivação, fazendo aluzão à degradante gramática, uma derivação imprópria.
Houve, e há, um medo da sabedoria, do conhecimento, então foi criada uma proteção utilizando-se esse medo. Aliás, terá melhor ferramenta de controle que o Medo? Foi criado e é utilizado pelo proprio Jehovah, ou pela engenhosidade do 18º Anjo. De qualquer forma, não faltam credenciais para esses ultimos.
O que me fez lembrar agora de uma frase bastante popular: "A Ignorância é uma dádiva...", embora eu sinta que esta frase está incompleta, diria-a melhor assim: "A Ignorancia é uma dádiva para aqueles que não podem suportar a Verdade." Parece bem mais completa dessa forma, não? É como uma "colher de chá" para os fracos, um conforto antes de sua punição, o ultimo desejo do corredor da morte.
O Medo venda nossos olhos, sela nossa boca, atèm nossas mãos, e poe grilhoes nos nossos pés como mais nada é capaz de fazer. Tão efetivo agora quanto o tem sido por milhares de anos. Ainda somos como Humanidade crianças medrosas agarradas à barra da saia de nossa mãe desconhecida.

Mas no fim, Lilith nos deu a maçã, o conhecimento, nosso destino, nosso potencial.
Morremos por punição, pela nossa ignorancia e ingratidão. Ingratidão não com Jehovah, mas com Lilith, com Eva...



[Inacabado. Incapaz de continuar.]



...E vou pecar novamente pela impaciência e desespero. Não posso evitar, o suspense e a omissão me consomem. Entendam, a cada dia que se passa, eu esqueço mais e mais, fico cada vez mais distante daquilo que queria, das respostas, e das perguntas corretas. Já troquei o dia pela noite, e passo as noites insones e devastadoras em frente a uma tela luminosa esperando por perguntas, respostas e verdades em meio a toda essa hipocrisia, ao som de Radiohead, com olhos grandes cheios de esperança desesperada, minguando aos poucos.
Desde meu ultimo surto não tive nada, nenhum insight, nenhuma lembrança valiosa, nenhuma discussão produtiva, nada! Nenhum progresso. Ao contrario, cada vez mais me esqueço do que fui capaz de vislumbrar aquela noite, e novamente me culpo por minha incapacidade, e me reduzi a uma refeição a cada dois dias, a uma paranóia bem disfarçada, com direito a queda de resistência e doenças oportunistas inoportunas.
Bem, mas pelo menos à luz do dia, e dos olhares alheios me permito uma boa risada não necessariamente ensaiada, e um "happy time". Mas às vezes me pergunto se isso está correto, e se não é culpa dessas minhas atitudes o fato de ninguém conseguir diferencias o meu eu real do meu, digamos, "eu lírico", de não serem capazes de lerem isto e não saberem se é um relato de meus dias reais, ou se é um personagem de um texto banal (ou que para eles é nada mais que banal, às vezes por realmente o ser, ou por falta de entendimento mesmo) reclamando de sua vida imaginaria criada e escrita por alguém sem muito que fazer nas suas férias tediosas.
É, isso já é divagação por demais, ninguém se disporá a ler algo tão enormemente maçante, ou maçantemente enorme, mas que sabe com isso possam delinear o real em meio ao imaginário, e o real desespero de um vivo em meio a tantos personagens-fantasma.
Mas de qualquer forma, todos foram avisados de uma forma ou de outra que este momento chegaria. E agora sem mais, minha frustração e esperança combinadas em algo que não sou realmente capaz de definir...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Eva

E quanto a Eva???
Havia algo sobre ela...
Os dois tinham seus segredos, e Jehovah tinha os dele também...
Mas... Por enquanto, os deles pouco importam... E quanto a Eva afinal?
Sabemos agora, um pouco dos outros, sabemos que a maçã não era o que se pensava...
Sabemos que Adão não era a imagem e semelhança de ninguém... Alias... Talvez fosse, mas não de Jehovah, e sim de Eva...
No entanto Eva continua em sombras...
Vemos através da fumaça da ignorância uma espécie de jogo ou aposta, e uma punição, um jeito inteligente de nunca perder... Mas muito ainda permanece oculto...
E não podemos deixar nossos olhares não caírem Nela...
Havia algo oculto, e Ela, era como uma chave, o personagem que retiraria o manto que encobre a verdade... Era sim ela, Eva, eufemizada para não se autodestruir, era ela sim, soberana, e perigosamente dolorosa...
Faço então um clamor a todos... Todo que lêem, que vêem, e que se afligem também como eu, que sentem meu desespero, que percebem o espinho em suas mentes, que sentem o peso de uma responsabilidade onipresente, que sentem os olhos vigilantes de um ser semi-oculto, por favor, me ajudem, a desvendar Eva, em todas as suas costuras, em todos os seus silêncios e omissões... Ajudem-me, por favor...

“Era a morte nada mais se não a punição para a ignorância. A Imortalidade era de fato, possível.”
Luiz Felipe Reversi.