sábado, 24 de julho de 2010

July

Algumas histórias são sobre pessoas, lugares ou coisas, muitas outras são sobre fatos ou fantasia. Mas esta não. Não a minha história. Minha historia é sobre julho. Não sobre um julho especifico, nem sobre todos os julhos, nem sobre os julhos de alguém, ou julhos quaisquer. Simplesmente julho. Julhos quentes onde pessoas e coisas tiveram seu lugar, e fatos se desenrolaram em suas historias.

Não é necessário por tanto que eu aponte de forma explicita então quando ou onde. Por alguns dos meus dizeres podem apreender isso por vocês, assim como já dito com julhos quentes pode-se imaginar algum lugar ao hemisfério norte ou distante dos pólos. Vou me contradizer por vez ou outra, mas é de fato por que isso não importa realmente. Alguns poderão se sentir a deriva nos adjetivos e substantivos sem sujeitos, mas logo hão de se acostumar.
Sobre Julho, me pergunto o que dizer. Não tenho pouco, mas quero evitar a minúcia do descrever, e por hora pelo menos me perder um pouco na metalinguagem. Cogito as paixões de julho, as mortes de julho, os nascimentos em julho, e o nascimento de julho.
Pessoalmente acredito que julho tem dois nascimentos. O nascimento para o mundo, e o nascimento para mim. Obviamente ambos grandiosos. Mas para mim foi assim, mais que épico e suave como uma de suas brisas de verão.

Poderia perder preciosas paginas descrevendo a cor dourada daquele mês, seu calor, seu cheiro. Poderia comparar as coisas com os campos de trigo aureo ondulando ao roçar do vento. Mas não importa, e não quero tirar o foco do resto, que já é tão difícil de encontrar.

Para mim então foi sempre julho, não importasse mais a época do ano. Meus feriados eram sempre os mesmos, eram sempre ela. Não importava quão longe meus pensamentos vagavam, estavam sempre ali, e se passavam para além daquela fronteira sutil e radiante, tornavam vagos e esvaneciam.

Não podia pensar sequer que já havia me preocupado com a morte. Tudo era tão aconchegante, tudo era tão quente que não se podia pensar em algo assim. Todo o gelo de todas as almas lá derretia. Lá, no meu julho-lugar. Que mais que um tempo, que mais que um local, era o estado de nossas almas em ressonância.

2 comentários:

  1. Sinto isso em julho..
    Mas talves seja pq estou sempre em férias....
    Mas com carteira assinada vou ter q escolher um dos doze....
    Depois dessa pensarei seriamente em July...

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