quarta-feira, 1 de junho de 2011

Divagações e Premissas

[Aviso: este texto não é interessante nem irá lhe acrescentar em nada, se não estiver extremamente curioso ou com a vida muito desocupada, não se dê ao trabalho de ler]

Bem, estou a tanto tempo sem postar nada aqui que já nem sei como começar um post...
É faz muito tempo que não posto, eu sei, mas não reclamem a culpa é totalmente minha e reclamar de nada adianta, alias, nem sei pra quem eu estou falando, alguém realmente ainda lê meu blog (e se incomoda se eu não postar nada)? [se alguém ainda lê pode deixar um comentário dizendo que sim ok, quem sabe me estimula a postar mais]

Certo, mas de qualquer forma tenho a leve sensação que devo uma explicação para uma audiência inexistente, então vamos lá:

Não, não foi por falta de inspiração, sem querer parecer prepotente (coisa que sou, e muito. Mas juro que tento melhorar) mas isso nunca me faltou realmente o problema é outro.
Não foi também por falta de algo para falar sobre, novamente sem querer parecer enfatuado, mas tenho vontade de escrever sobre tudo, de todas as formas possíveis, gosto das criticas e dissertações, das prosas e poesias, com ou sem métrica ou rima, simplesmente divagar e dialogar com você sujeito oculto e possivelmente inexistente, opinião geralmente não me falta, peco sempre pelo excesso, às vezes sou contraditório em mim de tanta opinião não digerida que sem querer absorvo (e disso não me orgulho, realmente me falta tempo para essa ruminação mental).
Mas então qual o problema? Tempo? Jamais seria justificativa alguma o tempo, por mais escasso que seja ele é sempre uma mera questão de prioridades, se existe alguém que é capaz de fazer tantas coisas quanto se pode numerar (e existe, a Ásia é cheia deles), então todos podemos.

Ok, agora você me diz, -cansei, não lerei mais daqui em diante, muito escreveu e nada concluiu.-
Calma, de tudo pode se tirar proveito, apenas é necessária a arte do garimpo, e como eu disse, gosto de divagar e é isso que estou fazendo se não lhe apetece, não deveria nem ter começado a ler e ponto, pare onde lhe convier, mas eu não pararei contigo.

Mas voltando, e agora sendo mais sucinto um pouco, posso simplificar os motivos de minhas ausências com a filosofia do tédio:

"Não é o tédio a doença do aborrecimento de nada ter que fazer, mas a doença maior de se sentir que não vale a pena fazer nada" (Fernando Pessoa, Livro do desassossego).


"Não suportamos viver sem algum tipo de conteúdo que possamos ver como constituidor de significado. A falta de sentido é entediante"
"Para ser capaz de se entediar, o sujeito deve ser capaz de se perceber como um indivíduo apto a se inserir em vários contextos de significado, e esse sujeito reclama significado do mundo e de si mesmo. Sem tal demanda não haveria tédio". (Lars Svendsen, Filosofia do Tédio).

Não é a falta de ter o que postar, mas sim não ver nada que valha a pena ser postado. Não é a falta de inspiração, e sim a dificuldade de encontrar significado que possa ser construído com ela.

Então explicado, pelo menos parcialmente (a parcela mais significativa eu garanto).

E agora sem mais, aproveitarei e tentarei fazer algumas postagens "sob encomenda". Já que isso é de fato construidor de algum significado.


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